Nos últimos meses, a balança comercial atingiu um superávit de US$23,30 bilhões no acumulado do ano. Até a terceira semana do mês de maio, seguiu com uma baixa de 6,9% se comparado ao mesmo período de janeiro a maio de 2021, conforme a média diária.
Por outro lado, a corrente de comércio, que representa a soma de exportações e importações, cresceu 23,3% na mesma comparação e registrou US$219,58 bilhões.
Conforme os dados divulgados no dia 23 de maio pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o valor de exportações em 2022 totalizou US$ 121, 44 bilhões, com um aumento de 19,6%, e as importações, US$ 98,14, com incremento de 28,2%.
Considerando as três primeiras semanas do último mês, o resultado da balança comercial mostra um decréscimo de 48,9% no superávit do mês, levando-se em conta a média diária de maio de 2021 (US$ 3,11 bilhões). Assim, a corrente teve alta de 17,7%, alcançando US$ 36,89 bilhões, o que mostra um crescimento de 6,9% das exportações totalizando US$20 bilhões, e de 33,8% das importações que acumularam US$16,89 bilhões.
Sendo assim, no mês de maio, a balança comercial fechou com saldo positivo de US$ 524 milhões e corrente de comércio de US$11,545 bilhões, com exportações no valor de US$ 6,035 bilhões e importações de US$5,511 bilhões.
A diferença entre superávit e déficit comercial
Quando pensamos em balança comercial, é muito frequente ouvirmos os termos déficit, superávit e equilíbrio. Todos esses conceitos estão relacionados com o resultado do cálculo do indicador.
Sendo assim, quando acontece um superávit, isso nos mostra que o saldo da balança comercial está positivo, e isso significa que o volume exportado pelo país foi maior que o importado. Isso mostra que o país recebeu mais dinheiro do que gastou.
Já no caso do déficit, ocorre o oposto, o país importou mais mercadorias do que exportou, ocasionando um saldo negativo, pois foi gasto mais com itens externos do que aquilo que foi recebido pela sua produção.
Por fim, o estado de equilíbrio comercial acontece quando os valores de exportação e importação são semelhantes, deixando a nação com saldo estável.
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Como a balança comercial atua na economia do país?
O saldo da balança comercial influencia diretamente no cálculo do PIB (Produto Interno Bruto) do país. O índice mostra o resultado oficial de tudo que foi comercializado e produzido no país durante o ano.
Sendo assim, o PIB é dividido em quatro itens principais:
- Os investimentos privados;
- O consumo da população;
- Os gastos governamentais;
- O saldo das transações realizadas com nações estrangeiras.
Toda vez que um desses fatores melhora o impacto positivo, reflete diretamente no PIB do país. Significa que, se a economia está em alta e a população passa a consumir mais, isso faz com que o PIB aumente.
Esse padrão é refletido nos demais componentes do índice. Portanto, quando a balança comercial está favorável e apresenta um superávit, isso ocasiona mais recursos entrando no país, gerando mais renda e melhorando a economia.
Assim, o PIB cresce, acompanhando esse retorno positivo. Por outro lado, em situações em que a balança comercial apresenta um déficit, a economia do país acaba abalada. O PIB sofre diretamente esse impacto e manifesta um resultado negativo.
Exportações
Até a terceira semana de maio, as exportações agrícolas caíram 1% (US$ 5,35 bilhões) e as vendas da indústria extrativa caíram 7,6% (US$ 4,03 bilhões). No entanto, os embarques de manufatura aumentaram no mês – um aumento de 19,2% (US$ 10,52 bilhões).
Mesmo com a queda geral, as exportações de produtos do setor agropecuário aumentaram, como trigo e centeio em pó (+2.020.155,1%), milho em pó (exceto milho doce) (+9.597,3%) e café em pó, cozimento (+25,5%) ). Por outro lado, aumentaram as vendas de outros minerais brutos da indústria extrativa (+96,1%), minérios de níquel e seus concentrados (+110,1%) e petróleo bruto ou minerais betuminosos brutos (+12,5%).
Entretanto, a indústria de transformação contou com um aumento das vendas principalmente de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada (+42,1%), farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (+48,7%) e gorduras e óleos vegetais, soft, bruto, refinado ou fracionado (+100,5%).
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Importações
Em termos de importações, todos os três setores tiveram um bom desempenho em maio, com agricultura de 14,8% (US$ 355,71 milhões), extrativos 100,8% (US$ 1,45 bilhão) e manufatura 30,7% (US$ 14,97 bilhões).
O crescimento agrícola foi impulsionado principalmente pelo desembarque de milho não moído, milho doce (+132,3%), frutas frescas ou secas não oleosas e nozes (+45,5%) e látex, borracha natural, balata, guta-percha, prata excluindo goma, mascar goma e gomas naturais (+51,1%).
As compras de carvão pelas indústrias extrativas também aumentaram, mesmo em pó, mas não aglomerado (+238,6%), óleo mineral bruto ou betuminoso, petróleo bruto (+94,8%) e gás natural liquefeito ou não liquefeito (+20,5%).
Portanto, a indústria de transformação atingiu um crescimento nas entradas de óleos combustíveis de petróleo e minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+138,4%), além de compostos orgânicos, inorgânicos, compostos heterocíclicos, sais, sulfonamidas (+53,8%), ácidos nucléicos, fertilizantes químicos e adubos, com exceção dos fertilizantes brutos (+232,3%).
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